Portos 5G

Apresentam aspetos promissores que já estão a ser provados no terreno

A implementação da nova geração nos portos, sobretudo no formato de redes privadas, tem aspetos promissores que já estão a ser provados no terreno – numa altura em que a necessidade de eficácia nas operações portuárias está mais visível do que nunca.

Em novembro, a fila de navios porta-contentores à espera de entrar no porto de Los Angeles, o mais movimentado do hemisfério ocidental, atingiu um recorde de 84 navios. No porto adjacente de Long Beach, em outubro, o número era de 80. Os navios chegaram a estar mais de nove dias à espera para descarregar, acumulando custos e atrasos, agravando a poluição e contribuindo para o problema da disrupção de stocks e inflação que está a afetar a maior economia do mundo.

A crise de congestionamento nos dois portos, por onde entram 40% dos bens importados pelos Estados Unidos por via marítima, levou o presidente Joe Biden a intervir, ordenando operações contínuas, 24 sobre 7, para aliviar o problema. E a situação em Los Angeles e noutros grandes hubs logísticos deu maior visibilidade à necessidade de modernizar as infraestruturas portuárias, deixando patente a importância vital de operações rápidas, sem erros e o mais transparentes possível.

Isso mesmo foi contemplado no mega pacote aprovado pelo congresso norte-americano e promulgado pelo presidente, com nada menos que 17 mil milhões de dólares para melhorar a infraestrutura dos portos em todo o país, num plano para ser iniciado de imediato.

Há dezenas de projetos 5G em curso em portos de dimensões e tipologias distintas, que estão a testar vários casos de utilização. A China é um dos países onde esta transformação vai mais avançada, com grandes implementações em Qingdao e Xiamen, e um projeto recente em Tianjin com a China Mobile.

Na Europa, que é mais acessível em termos de veiculação de informação, há diversos projetos com resultados concretos. Um deles é o do porto de Antuérpia, o segundo maior do espaço europeu, onde a operadora francesa Orange implementou uma rede privada 5G para “dar uma vantagem competitiva” ao porto, o que incluiu rebocadores conectados a transmitirem vídeo e som ao centro de comando portuário.

Em Espanha, o Porto de Barcelona – cidade onde anualmente decorre o Mobile World Congress – tem em curso um mega-projeto em parceria com a Vodafone, IBM e Huawei, o 5G Maritime. O piloto combina IA, computação cloud e edge computing com uma rede comercial de 5G, permitindo obter dados muito detalhados sobre todas as embarcações que atracam no porto.

A Ericsson, uma das fornecedoras que está na linha da frente do 5G, tem vários projetos de nova geração em portos, incluindo Roterdão, Belfast e vários na China. Outro é em Itália, numa parceria com aspetos específicos interessantes que pode ser uma referência para portos portugueses.

Para saber que passos estão a ser dados no domínio dos portos 5G leia o Artigo: "Portos 5G: Um vislumbre do futuro conectado que mudará a gestão portuária" da Revista LOGÍSTICA&TRANSPORTES HOJE.

09/12/2021

Fonte: Logística e Transportes Hoje

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